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Dólar tem maior queda no governo Lula com sinais de desaceleração nos EUA

  • ucivaldomatias
  • 5 de mar.
  • 2 min de leitura
Notas de dólar 12/10/2021. REUTERS/Cagla Gurdogan/File Photo
Notas de dólar 12/10/2021. REUTERS/Cagla Gurdogan/File Photo

Dólar tem maior queda no governo Lula com sinais de desaceleração nos EUA


São Paulo (Reuters) – O dólar registrou nesta quarta-feira (5) sua maior queda diária frente ao real desde o início do governo Lula, encerrando o dia cotado a R$ 5,7558, com recuo de 2,72% (16 centavos) em relação ao fechamento de sexta-feira.


O movimento foi impulsionado pela fraqueza da moeda norte-americana no exterior, refletindo sinais de desaceleração da economia dos Estados Unidos.


A última vez que o dólar teve uma queda tão expressiva foi em 3 de outubro de 2022, durante o período eleitoral, quando caiu 4,03%. No acumulado de 2025, a moeda já recua 6,85%.


Efeito pós-Carnaval e expectativa sobre juros nos EUA


Com o feriado prolongado mantendo o mercado fechado na segunda e terça-feira, os investidores que haviam buscado proteção no dólar antes do Carnaval agora desfizeram posições compradas, contribuindo para a forte desvalorização da moeda.


Além disso, dados econômicos fracos nos Estados Unidos aumentaram as expectativas de que o Federal Reserve (Fed) possa cortar os juros ainda este ano.


O relatório de emprego da ADP mostrou que a economia norte-americana abriu apenas 77 mil vagas no setor privado em fevereiro, muito abaixo da projeção de 140 mil.


“Os dados econômicos estão apontando para uma desaceleração forte nos EUA, o que reforça a visão de que o Fed pode cortar os juros em breve, impactando o dólar”, afirmou Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.


Política tarifária dos EUA também influencia


A queda do dólar também ocorreu em meio às incertezas geradas pela política tarifária dos Estados Unidos.


Na terça-feira, passaram a valer novas tarifas de 25% sobre produtos importados do México e do Canadá, além de taxas adicionais sobre produtos chineses.


No entanto, o governo norte-americano anunciou um período de isenção de um mês para automóveis que entram no país pelo acordo USMCA (Estados Unidos-México-Canadá), o que ajudou a aliviar parte das tensões no mercado.


No final da tarde, o índice do dólar – que mede o desempenho da moeda frente a uma cesta de seis divisas – recuava 1,19%, reforçando a tendência global de enfraquecimento da moeda americana.

 
 
 

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