"Embaixadora Ucraniana nos EUA reage a desentendimento entre Trump e Zelensky no Salão Oval"
- ucivaldomatias
- 1 de mar.
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Oksana Markarova levou as mãos ao rosto, enquanto assistia à forma como o chefe de Estado norte-americano se dirigia ao presidente da Ucrânia

Tensão no Salão Oval: Trump e Zelensky trocam farpas, e a embaixadora ucraniana reage com desespero
O encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que prometia uma possível assinatura de acordo estratégico, virou um campo de tensão.
A reunião, que colocava em xeque o apoio dos EUA à Ucrânia na guerra contra a Rússia, terminou de forma abrupta e repleta de desentendimentos. O Salão Oval da Casa Branca foi o cenário de uma discussão acalorada, com Trump e Zelensky trocando acusações.
A reação da embaixadora ucraniana nos EUA, Oksana Markarova, chamou a atenção. Com o semblante visivelmente alterado, ela levou as mãos ao rosto em um gesto que expressava espanto e desespero diante do que acontecia. A cena foi registrada e divulgada pelo jornal ucraniano KyivPost, gerando grande repercussão nas redes sociais.
Após o tumultuado encontro, Trump afirmou que Zelensky “desrespeitou” os Estados Unidos e sugeriu que o líder ucraniano só retornaria à Casa Branca “quando estiver pronto para a paz”.

O impasse, no entanto, não se limitou à troca de palavras entre os dois líderes. O que estava previsto como uma assinatura de acordo sobre recursos minerais ucranianos e ajuda militar dos EUA acabou se transformando em uma troca de acusações, sem avanços concretos.
Trump, por sua vez, publicou em sua rede social, o Truth Social, que a reunião havia sido "muito significativa", mas acusou Zelensky de não estar disposto à paz. "Ele sente que o envolvimento dos EUA lhe dá uma vantagem nas negociações", afirmou Trump. "Eu quero paz, não vantagem."
A Casa Branca, por sua vez, anunciou o cancelamento da coletiva de imprensa marcada para a tarde, enquanto a delegação ucraniana se preparava para deixar o local. Nenhum acordo foi assinado entre os dois presidentes, e as expectativas iniciais de um entendimento sobre os recursos minerais ucranianos foram frustradas.
A reunião, que havia sido precedida de semanas de negociações intensas, viu os líderes americanos e ucranianos divergir em questões fundamentais, especialmente sobre a ajuda militar e garantias de segurança para a Ucrânia.
Zelensky, por sua vez, se viu pressionado por críticas de Trump e do vice-presidente americano, J.D. Vance, que o acusaram de "ingratidão" e "desrespeito".
Trump, de forma enfática, afirmou: "Você não está em posição de ditar o que vamos sentir. Está apostando com a vida de milhões."
O presidente americano pareceu, então, emitir um ultimato a Zelensky: ou ele chega a um acordo ou os EUA se retirarão, deixando a Ucrânia para enfrentar sozinha o conflito com a Rússia.
A reviravolta no encontro, que ocorre após intensas tentativas de líderes europeus de amenizar as posições de Trump, levanta dúvidas sobre o futuro do apoio dos Estados Unidos à Ucrânia e a possibilidade de um cessar-fogo na guerra.
Trump demonstrou maior interesse em negociar com a Rússia do que com a Ucrânia, sugerindo até a possibilidade de um acordo com Moscou, sem a participação de Kiev.
A guerra na Ucrânia segue sem uma solução à vista, e as últimas movimentações no cenário diplomático indicam um caminho incerto para a resolução do conflito.








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