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Mulher presa por pichar estátua do STF inicia julgamento; defesa afirma que prisão é injusta

  • ucivaldomatias
  • 21 de mar.
  • 2 min de leitura
Débora Rodrigues dos Santos admitiu em depoimento ter pichado a estátua da Justiça com batom
Débora Rodrigues dos Santos admitiu em depoimento ter pichado a estátua da Justiça com batom

Manicure Debora dos Santos escreveu, com um batom, na estátua da Justiça, a frase: “perdeu, mané"


Mulher presa por pichar estátua do STF inicia julgamento; defesa afirma que prisão é injusta


A manicure Débora dos Santos, acusada de pichar a estátua da Justiça em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) durante os atos golpistas de 8 de janeiro, começou a ser julgada nesta sexta-feira (21).


Débora utilizou batom para escrever na estátua a frase: “perdeu, mané. Em depoimento à Polícia Federal (PF), enviado ao STF, ela afirmou que uma mulher estava pichando a estátua, mas disse que tinha “letra feia” e pediu que a manicure terminasse o ato.


Em uma carta, Débora pediu desculpas e alegou não ter conhecimento sobre a importância da estátua para o acervo público do Supremo.


Durante o julgamento no plenário virtual do STF, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, votou pela condenação da manicure a 14 anos de prisão.


Moraes justificou que Débora chegou a Brasília na véspera dos ataques e participou de encontros nos acampamentos pró-golpe.


Segundo o relator, além do dano ao patrimônio tombado, Débora cometeu crimes como associação criminosa armada, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União.


Por outro lado, a defesa argumenta que Débora apenas escreveu na estátua, não portava armas, e não há imagens que comprovem sua participação na depredação dos prédios públicos.


Os advogados também afirmam que Débora está presa “ilegalmente” há um ano, uma vez que ainda não houve condenação.

A advogada Tanieli Telles criticou a decisão:


"Nenhum dos direitos foram respeitados, o devido processo legal não foi respeitado, a individualização da conduta do réu também não foi respeitada. É um voto desproporcional e injusto, uma condenação desproporcional e injusta."


Ainda nesta sexta-feira, a PF prendeu em São Lourenço, no sul de Minas Gerais, o empresário Marcelo Fernandes de Lima, condenado a 17 anos de prisão por participação nos ataques.


Marcelo chegou a furtar do STF uma réplica da Constituição de 1988, que foi devolvida intacta quatro dias após a invasão ao tribunal.

 
 
 

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