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Trump revoga tarifas impostas a México e Canadá

  • ucivaldomatias
  • 6 de mar.
  • 2 min de leitura
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Na tarde desta quinta-feira (6), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma mudança significativa em sua política comercial em relação ao México e ao Canadá.


A nova medida determina que boa parte dos produtos desses países ficará isenta da tarifa de 25% até 2 de abril.


Motivação e Medidas Adotadas


Trump justificou a decisão como uma forma de proteger as montadoras e os agricultores americanos.


Em uma coletiva na Casa Branca, o presidente explicou que os produtos abrangidos pelo acordo T-MEC – responsáveis por mais de 50% das importações mexicanas e 38% das canadenses em 2024 – serão excluídos das tarifas existentes.


Além disso, a administração reduzirá a tarifa sobre o potássio canadense de 25% para 10%, mineral essencial para a produção agrícola.


Vale lembrar que, na véspera, Washington já havia concedido um período de isenção para o setor automobilístico a pedido das fabricantes.


Perspectiva das Tarifas Recíprocas


A isenção provisória ficará em vigor até o dia 2 de abril, data em que devem entrar em vigor as chamadas tarifas recíprocas – medidas que aplicarão o mesmo nível de impostos aos produtos norte-americanos importados pelos dois países.


Paralelamente, o presidente destacou que as tarifas sobre o aço e o alumínio, de abrangência global, começarão a valer na próxima semana.


Reações Internacionais e Impactos Econômicos


A decisão de Trump teve reflexos imediatos na arena internacional. O governo canadense reagiu suspendendo a maioria das medidas de retaliação:


O ministro das Finanças anunciou que o país não aplicará a segunda onda de tarifas, que totalizaria US$ 87 bilhões, até o início de abril, enquanto as negociações comerciais continuam.


Enquanto isso, analistas apontam que os indicadores de confiança na economia norte-americana vêm apresentando declínio desde o início do ano, aumentando os receios com uma possível estagflação – cenário de crescimento econômico fraco combinado com alta inflação.


Contudo, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que não há preocupações de longo prazo, pois os impactos das novas tarifas seriam pontuais.


Além disso, o déficit comercial dos EUA alcançou em janeiro seu maior patamar desde 1992, impulsionado por grandes compras de ouro e pela antecipação das tarifas anunciadas por Trump. O Fundo Monetário Internacional (FMI) já sinalizava que a manutenção dessas medidas poderia gerar impactos econômicos adversos significativos para o Canadá e o México.

 
 
 

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